Nasce a
noite após o sol e a calmaria. Findo é o dia e o ar noturno informa o frio
vindo do norte, rompendo montanhas a léguas de distâncias, a quilomêtros de um
porto onde aportam e zarpam navios, navegados em ondas do atlântico, onde o
vento sopra a brisa, e à deriva vivem poesias.
Folhas
lançadas ao mar são desafiadas a tornarem histórias a suas próprias linhas, e à
espera um poeta, que aguarda do tinteiro companhia ao itinerário de suas
fantasias e seus enredos, de seus medos e seus amores. Vivo de medo, de ficar
só, corre para a enseada na manhã de domingo onde se confundem sal e suor, leme
e bússola. Ver que a noite já é dia e revive a amada, que acreditara ter
perdido, mas que encontrada fora no mundo de sua poesia que o mantera vivo, a
despeito da ferrugem dos navios e da vida dos marujos do outro lado do cais,
onde vidas se cruzam e se desfazem, a despeito das vontades dos poetas de viver
mil vidas.
...Vida
de poeta, mares de todos os portos, encontros com a poesia, essa amada de mil
cantos, de mil contos.
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